sábado, 19 de novembro de 2011

Jovens finalizam conteúdo do mapa cultural de suas comunidades

O projeto Intercâmbios Juventudearte está chegando à reta final. No  7º encontro, realizado no último sábado, 12 de novembro, os jovens participantes - moradores do Morro da Providência (Centro), Salgueiro (Tijuca) e Cabritos/Tabajaras (Copacabana) – concluíram a elaboração do conteúdo que será apresentado no mapa cultural dessas localidades.


Durante o processo, que teve início em meados de setembro, os jovens levantaram iniciativas culturais e realizaram mais de 60 entrevistas com moradores antigos e com responsáveis pelas ações culturais. Graças às entrevistas, mais pessoas conhecerão o histórico das comunidades e saberão o que motivou o surgimento das atividades culturais, bem como terão acesso às informações para participar delas.

“Muitas senhoras que eu achava que iam ficar assustadas gostaram de ser entrevistadas, se sentiram valorizadas, viram que tem algo novo acontecendo na comunidade”, conta Alexsandro Rocha Azevedo (Lequinho), do Morro dos Cabritos/Tabajaras.

Lequinho - Morro dos Cabritos/Tabajara

Lisane Cristina dos Santos Fernandes, do Salgueiro, tem a mesma impressão. “As pessoas trataram a gente bem, gostaram de ser entrevistadas, quiseram entrar no mapa. Assim, todos vão passar a conhecer essas pessoas e o que fazem”, diz.

Lisinha - Morro do Salgueiro

Uma das entrevistas que mais chamou a atenção de Lequinho foi a que realizou com o casal Dona Landinha, costureira, e seu Di Andrade, músico. “Eles têm uma profissão diferente da que a maioria seguia antigamente. Era mais comum as pessoas trabalharem como feirantes, em serviços domésticos. Saíram do padrão”, explica.

As entrevistas que a moradora da Providência Joice da Silva Almeida realizou, fez com que conhecesse pessoas das quais já havia ouvido falar, mas nunca tinha tido a oportunidade de entrar em contato.

Joice - Morro da Providência

“Eu já tinha escutado do projeto que o seu Nélio desenvolve de percussão na comunidade e do museu que a Dona Dodô da Portela mantém, mas nunca tinha ido e falado com essas pessoas. Gostei muito do processo porque sou tímida e, com as entrevistas, me soltei conversando com as pessoas. Esse é um projeto importante para a comunidade”, ressalta Joice.

As ações culturais apontadas no mapa abrangem bares, festas, festividades, bibliotecas, igrejas, pontos históricos, projetos, entre outros. Além dos depoimentos colhidos pelos jovens e do histórico de cada uma das três comunidades, o mapa trará os principais trajetos que podem ser percorridos pelos visitantes e a opinião dos jovens sobre o processo de criação da publicação. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011






Sejam bem-vindos ao esperado evento Master Crews


Convidamos vocês para encontrarem-se no maior evento de Breaking da América Latina e um dos maiores de culturas urbanas, o evento que está no calendário mundial como uma das referências de dança deste continente. Aqui você encontrará as melhores Crews e as melhores batalhas, as empolgantes Cyphers (rodas), artistas de diversas áreas para intercâmbio, workshops, estandes, muita música, dança e celebração. Esperamos ansiosos o final do ano para comemorarmos nossa existência, encontrar os amigos de outras regiões e interagir nas rodas sem julgamento. Então este é o momento.

Credibilidade é algo que só o tempo e bons trabalhos podem proporcionar. Desde 1997 os eventos desta mesma organização primam por tratar a todos os presentes com respeito. Nossa referência é o testemunho de todos que já foram a nossas realizações e acompanham esta trajetória. Nossa prioridade é promover as culturas urbanas da qual fazemos parte. Queremos que todos tenham orgulho do que são e sintam-se reconhecidos. O local deste ano é grandioso, estrutura tradicional e reflete bem este conceito de qualidade, é um local onde nossa cultura merece estar. Preferimos sempre o bom trato com boa música, estrutura diferenciada, cumprindo todos os compromissos assumidos, inovando e surpreendendo sempre. Espere boas surpresas neste evento que não é nosso, é de todos.

Para mais detalhes: http://www.mastercrews.com.br/

Véu






Afeto
Tudo vem do querer
Nos braços da paixão
Tribulações de castidade
Um toque sedução
Missão de amor

Demonstrei meu calor
Em saciar no véu
O encanto vem pra boca
Os corpos pairam em toques doces
A bailar em sonhos de cristais,
Medos e receios
Se descepam nos desejos,
Valeu se expor
No termômetro dos corpos
A medir os beijos
febril cada vez mais
A vontade tira a roupa
A ponto de sentir céu....
Do qual a paixão nos envolve
No corpo em meio ao véu.


Rodrigo Domenico





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Entrevista: Denise Francisca de Oliveira Santos

O deslocamento de retina que, em um primeiro momento, teria afastado Denise apenas temporariamente do emprego, acabou por fazer com que alterasse definitivamente o rumo que seguia até então. Moradora do Salgueiro, favela na Zona Norte do Rio, ela trabalha para o fortalecimento cultural da comunidade. Entre as iniciativas que desenvolve estão aulas de capoeira e a criação da primeira biblioteca comunitária na localidade. Denise esteve presente no 7º encontro do Projeto Intercâmbios JuventudeArte, no último sábado, 12 de novembro, contribuindo para a conclusão do mapeamento cultural do Salgueiro desenvolvido por jovens da comunidade.




O que acha de uma iniciativa de mapeamento de atividades culturais no Salgueiro?

Denise Francisca de Oliveira Santos: É uma boa iniciativa. Ajuda as pessoas que vivem no Salgueiro a conhecer melhor a comunidade e pode incentivar que pessoas de fora visitem a localidade. O mapeamento está muito interessante, focado nas questões da comunidade, sua história, seus pontos turísticos. 

Já soube de iniciativas parecidas com essa?

Denise Francisca: Eu tenho dois mapas do Salgueiro, mas o foco deles são as áreas de risco. É bem diferente, não? Quando há previsão de chuva forte, a Defesa Civil entra em contato comigo para que eu alerte as pessoas que vivem em áreas de risco para que saiam de suas casas e vão para o ponto de apoio, que é a quadra.

Depois de publicado, o que a comunidade poderá fazer para que o mapa seja potencializado?

Denise Francisca: Os jovens envolvidos no projeto levantaram vários pontos. Eu acho que para o Salgueiro entrar na rota de visitação  é necessário mostrar mais a sua história. As pessoas mais antigas têm muitas informações, os jovens podem se inteirar mais, saber mais coisas da comunidade onde vivem. Como explicar os nomes das localidades dentro do Salgueiro? Por que determinada localidade antes era denominada Pedacinho do Céu, por exemplo? O que hoje é o Bar do Cisne, um dos pontos levantados, antigamente era onde a nata do Salgueiro se reunia para compor os sambas. Mostrar a nossa história é muito importante para fortalecer esse mapa.

Você tem um papel importante no fortalecimento da cultura no Salgueiro. Entre as atividades que desenvolve estão aulas de capoeira.

Denise Francisca: Há mais ou menos 10 anos comecei a dar aula de capoeira. Eu dava aula, mas também trabalhava fora, como cobradora de ônibus.  Fui afastada por causa de um deslocamento de retina, que fez com que perdesse uma vista. Nesse período de afastamento, passei a observar mais a comunidade. Um dia, em casa, escutei duas crianças conversando. Uma delas disse que queria ser a polícia, para prender os bandidos. E a outra disse: “Mas é muito melhor ser o bandido”. Pensei que precisava fazer algo para mudar aquela realidade. O meu problema na vista fez com que eu passasse a ver a vida de forma diferente. A partir disso, comecei a montar uma biblioteca comunitária e intensifiquei as aulas de capoeira.

E a biblioteca é muito visitada?

Denise Francisca: Não existia nenhuma biblioteca no Salgueiro. As crianças e adolescentes até 15 anos visitam. Recebemos cerca de 50 visitas ao mês. Temos mais ou menos 2 mil livros, de literatura, ensino fundamental e médio, direito, administração. Os livros vêm através de doações dos moradores, de bibliotecas, do Wal Mart.  Já temos muitos livros do ensino fundamental, mas outras publicações são muito bem vindas.

Mais informações: dedecapoeira@yahoo.com.br.

Entrevista: Nélio de Oliveira

Seu Nélio esteve presente no 7º encontro do projeto Intercâmbios JuventudeArte, no último sábado, 12 de outubro. Participou da elaboração de texto histórico do Morro da Providência, Centro do Rio de Janeiro, que será publicado no mapa cultural da localidade desenvolvido por jovens moradores. Ele é uma referência no Morro da Providência por sua atuação em defesa dos direitos da comunidade e pela coordenação do projeto Escola de Percussão da Providência. 



Como o projeto de percussão começou na Providência?

Nélio de Oliveira: Em 2001, eu me aposentei e não queria mais saber de nada. Na semana seguinte, me ligaram da Prefeitura dizendo que queriam que eu tocasse um projeto de percussão na comunidade. Eu me propus apenas a uma experiência de 60 dias e já se passaram 10 anos. Depois de mudanças na Prefeitura, o projeto não teve mais andamento no âmbito governamental e, então, eu passei a tocar por conta própria.

Quem participa do projeto?

Nélio de Oliveira: Crianças a partir dos 5 anos até os 21 anos. Atualmente, temos cerca de 80 inscrições. Isso porque 40 pessoas deixaram de integrar o projeto depois que 60 famílias foram removidas da Ladeira do Farias por conta do Morar Carioca. Ao todo, já passaram 800 alunos pelo projeto. Alguns atuam na área de percussão, como ritmistas, já viajaram para o exterior para trabalhar.

Qual a importância de um projeto como esse?

Nélio de Oliveira: Ocupa os jovens, evita a ociosidade. É uma exigência do projeto que os participantes frequentem a escola. Eu peço para ver boletim escolar. Fico muito atento se as crianças estão faltando às aulas. Nós também nos apresentamos nas escolas, nas festividades.

O que o senhor acha de jovens terem sido convidados a fazer um mapeamento cultural da Providência?

Nélio de Oliveira: É muito bom para esses jovens fazer esse mapeamento. Outras comunidades deveriam criar grupos para fazer um levantamento como esse.  Saber por que residem no morro, quais as primeiras famílias que surgiram. Os jovens têm que conversar com os mais velhos, ter a escola da vida, viver o ambiente onde moram.

O projeto está estimulando que os jovens conversem com pessoas da comunidade para resgatar esse histórico...

Nélio de Oliveira: Eles estão entrando em contato com a história. É preciso saber o passado. Fiquei feliz quando vi meninas envolvidas com o projeto na casa da dona Dodô da Portela [ex-porta-bandeira brasileira]. Então elas disseram: “Também temos que falar com o seu Nélio”. Então eu disse: “Sou eu”. Elas me convidaram para vir aqui hoje.

Gostou do que viu do levantamento dos pontos culturais feito pelos jovens?

Nélio de Oliveira: Sim, os pontos principais são aqueles mesmos. É muito bom também o mapa vir com entrevistas e textos, porque o tempo passa e essas informações acabam sendo esquecidas. É preciso documentar.

Que frentes poderão ser abertas a partir do mapa cultural da Providência?

Nélio de Oliveira: Esse mapa alerta moradores sobre a situação pela qual estamos passando. É um instrumento de luta, pois uma vez que registra o passado da comunidade e como é hoje, alerta para possíveis modificações na comunidade. Faz com que moradores pensem que com algumas obras que estão sendo propostas para a Providência, podemos perder moradores, mudar alguns espaços. 

Imenso e azul








Nesse ceu azul
As nuvens tem formas
semtimentos de paz,
Sereno bem estar
Nos teus desejos
Vivo no seu coração em cada palpitar.

Vem aqui, não tem o que explicar
Olhar diz o que as palavras não pode alcançar.

Nesse mar reflete o azul,
Tão quanto minha saudade,
De momento em momento
Te conquisto

Dizendo casos besteiras
Deixando o querer desaguar
Nesse ceu azul, como seu olhar

Na aurora se retrata
E irradia puros desejos,

O verdadeiro tempo é quando
Seus labios param os ponteiros
Despertando segredos.

A lua tras a brisa noturna
Caindo sobre o os corpos

num universo de prazer
o chão parece ceder

e o ceu azul se envolve com o sol
Em um novo amnhecer...








Rodrigo Domenico



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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Diário de Bordo – 5º dia

Amanda Corrêa e Alessandra Corrêa, Salgueiro


Neste sábado, 22 de outubro de 2011, nosso encontro foi no Lajão [Morro do Cabritos /Tabajaras]. Chegamos lá e cada um respondeu três perguntas: Para que serve o mapa para você? O que você está achando do projeto? Qual a importância do mapa na comunidade?

Em roda, dançamos a dança de acordar o guerreiro (Bolojo), depois comentamos o texto do Eron da Providência. Eu relato que, por mais que tenha policial na comunidade, o tráfico continua.

Depois fizemos caminhada na comunidade sem usar o zoom. E aí, ficaram terminando o mapa, a Aila e a Tatiane. Enquanto isso, o restante do grupo está tirando fotos. 




Fotos: Ratão Diniz e Edmilson Lima

Depois de cada um dos encontros do projeto Intercâmbios JuventudeArte, uns dos jovens participantes fica com a tarefa de escrever em um diário as suas impressões sobre as atividades das quais participou, a vivência com o grupo, entre outras possibilidades. Confira!

Veja Mais:

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Olhares sobre o Salgueiro

A última caminhada com registro fotográfico do projeto Intercâmbios Juventudearte foi realizada no Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, no último sábado, 29 de outubro. Dessa vez, os jovens da Providência, no Centro, e do Morro dos Cabritos/Tabajaras, em Copacabana, foram guiados por seus parceiros do Salgueiro.



“Aqui não vem pessoas de outras comunidades. É legal eles estarem aqui porque a gente já conheceu a comunidade deles e agora eles vão conhecer a nossa”, alegra-se Amanda Corrêa Muniz, do Salgueiro.

Orientados pelo Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip), todos tinham uma importante tarefa: fazer retratos de pessoas da comunidade. “Qual a história do Salgueiro a partir das pessoas que vivem nessa localidade?”, desafia Luiz Carlos Lima, do Cecip.

“Foi legal a caminhada, as pessoas da comunidade queriam ser fotografadas, se sentiram importantes”, avalia Leimar Correia, do Salgueiro.

A caminhada anterior foi realizada no Morro dos Cabritos/Tabajaras. “Achei legal mostrar as coisas boas da minha comunidade. Eu guiei duas meninas e elas pediram para ir no alto do morro, para ver a vista”, lembra Ludimila Raquel de Oliveira, do Tabajaras.

Ter conhecido o mirante do Tabajaras chamou a atenção de Amanda. “Eles vão no mirante só para ver a vista. Aqui no Salgueiro tem a Divisa, mas é mais um espaço de passagem para ir para outro morro, o Turano. A gente não fica indo para ver a vista”, compara.

Muitos dos jovens se mostraram entusiasmados com a proposta de atividade com fotografia no projeto Intercâmbios Juventudearte. Segundo alguns dos entrevistados, a fotografia é um importante meio para fortalecer o mapa cultural que estão criando de suas comunidades.



“A gente tira fotos do que a gente vê para que outras pessoas também possam ver”, diz Amanda. E Ludimila acredita que a fotografia ajuda quem está fotografando a ver melhor. “A foto mostra para nós mesmos o que às vezes não vemos direito”, avalia.





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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Entrevista: Pedro Jorge Olímpio de Souza

Seu Pedro é morador do Salgueiro há 53 anos, ou seja, toda a sua vida. Seu bar, o Cantinho do Papai, é um dos pontos que estará presente no mapa cultural dessa comunidade, localizada na Tijuca, Zona Norte do Rio. O estabelecimento, herdado dos pais, tem história na favela. Segundo ele, os avós dos jovens do Salgueiro que participam do Projeto Intercâmbios Juventudearte já frequentavam o lugar, o único que oferecia um “bailezinho”.




Como vê a iniciativa de criação de um mapa cultural da comunidade do Salgueiro?

Pedro Jorge Olímpio de Souza: Acho legal, muito bom. Eu sou antigo aqui, então conheço muita coisa. Os jovens pensam que sabem, mas não conhecem. Tomara que leiam esse mapa e incentivem as crianças e pré-adolescentes a conhecerem mais a comunidade.

E o projeto estimula também o intercâmbio entre jovens de diferentes comunidades. Além do Salgueiro, existem jovens da Providência, no Centro, e do Morro dos Cabritos/Tabajaras, em Copacabana.

Pedro Jorge: Os jovens do Salgueiro precisam conhecer pessoas de outras comunidades, interagir, bater papo, conhecer outros espaços. Esse trabalho que esses jovens estão fazendo é muito bonito. Eles estão fazendo algo pela comunidade, interagindo. Isso tem que continuar. Eu desejo que, a partir disso, outras coisas ocorram. Eles têm que aproveitar essa oportunidade de estar em grupo para realizar iniciativas.

O que acha do seu bar estar sendo apontado como um dos pontos culturais do Salgueiro?

Pedro Jorge: Ótimo! Vejo como algo muito positivo para o meu estabelecimento. Amanhã ou depois eu posso fazer algo mais sofisticado, colocar na Internet, no Orkut. O meu bar era da minha mãe. Os avós desses jovens que participam do projeto já frequentavam. Sempre foi um ponto de encontro. Era o único que tinha um bailezinho.

Acredita que a participação de jovens de comunidades em um projeto como esse provocará transformação na visão que têm do local onde vivem?

Pedro Jorge: Sim, transforma. Tem muitos aqui que não conheciam a história do Salgueiro. Hoje estão sabendo através de conversas com pessoas mais velhas para o projeto. Eles estão abrindo a mente.

Existem muitas ações culturais no Salgueiro?

Pedro Jorge: Tem o bloco Raízes, que existe há mais de 16 anos. Com o mapa, as pessoas de fora poderão chegar. Tem o Caxambu, que foi trazido para o Salgueiro pelo meu pai. Minha avó, que foi filha de escravos, falava muito da roda de Caxambu. Quando o meu pai faleceu, parou. Há mais ou menos 10 anos, o Caxambu voltou para a comunidade, através do Rogerinho do Salgueiro. Muitas das senhoras que participavam na época do meu pai voltaram a dançar. E há jovens também. O Caxambu costuma acontecer na quadra do bloco Raízes, quando há algum evento. 


Foto: Ratão Diniz